Por Abner Santos
Uma lágrima proveniente de uma discussão, uma palavra proferida sem sentimento ou responsabilidade, a dificuldade de amar diante das feridas. Se considerarmos nosso trajeto até hoje, perceberemos intensos aspectos de "ação/reação".
Diante dos nossos conflitos internos, utilizamos nossa compreensão, limitada e visivelmente fraca, para tentarmos compreender o que está a nossa volta e que causa tantos estrondos em nosso interior. Nesta "reação" abrimos as cortinas de um espetáculo bem tradicional em nossas histórias, o questionamento de Deus.
Quando questionamos Deus, gesticulamos como uma criança em desenvolvimento. Nossa busca por respostas pode ser comparada aos movimentos de um bebê que esticando os braços e abrindo as mãos, tenta sentir e entender o mundo que está à sua volta. Dia destes, cheio de mim, estiquei meu braço mais longe que eu consegui, dando volume à minha voz, gritei: Senhor, cadê sua mão?
A resposta veio em tom de consolo: Estás em meu colo, minhas mãos estão logo abaixo de você te apoiando, por isso, não tente tocá-las, elas estão te segurando. Que a cada reação, independente da ação que a gerou, tenhamos a convicção de que estar no colo de Deus nem sempre é sinônimo de sentirmos sua mão, afinal, ela está logo abaixo de nós.
Fonte: Site Cantai
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