sábado, 5 de dezembro de 2009

Se é aliança é eterna



















Por Rafaela Carvello            

"Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra.Deus criou o homem a sua imagem, criou a imagem de Deus, criou o homem e a mulher." Gen 1,26-27

Nos últimos dias tenho estado impressionado com a quantidade de jovens utilizando "aliança de compromisso". Digo aliança entre aspas, porque acredito que a grande maioria das pessoas desconhecem o significado desta palavra, e se deixam levar pelos atributos da moda.
Quando Deus criou o homem, descrito em Gênesis, ele estabelece com o homem uma profunda e eterna aliança. Isso significa que não foi um contrato, um acordo de conciliação com papel timbrado e registro em cartório. A aliança é uma relação intima, com consentimento de ambas as partes, na qual está presente o único sentimento capaz de sustentá-la e torná-la duradoura_ O AMOR.
A Bíblia diz que toda a história de Israel está baseada na aliança do povo com YAWEH. Tal aliança deve nortear o comportamento de cada individuo, bem como o de toda nação. Isso significa que colocar um anel de compromisso no dedo e chamá-lo de aliança em um namoro onde os enamorados vivem a mercê de seus próprios desejos, sem qualquer intenção de viver algo eterno e feliz, não está correto.
A aliança, é a responsável no noivado e no casamento por conferir a missão aos casais de uma vida nova, baseada na cumplicidade, respeito, doação. No morrer para si diariamente e doar-se a felicidade do outro. Portanto, ao  receber a benção sobre as alianças, os casais estão firmando diante de Deus o desejo de serem "carne da mesma carne e osso do mesmo osso". É quase que um sacramental, porque estabelece-se com  Pai do Céu uma relação sagrada.
Dizer que se usa aliança somente para sinalizar que o outro está comprometido, remete a imagem de posse, na qual o namorado usa a aliança porque é "meu namorado" e de mais ninguém. A "aliança" passa então a exercer uma função distorcida da real, na qual, passa a ser sinônimo de poderio, bem material e imaterial, uma vez que se torna dono do corpo e dos sentimentos do outro. A aliança, não pode ter qualquer relação com posse, justamente porque parte do interesse, do consentimento, do desejo, de ambas as partes e de Deus. A aliança é assim como o amor, eterno. Porque se não foi eterna não foi aliança e tão pouco amor, pois "o amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

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